O coito programado é o tratamento de baixa complexidade inicial que consiste na estimulação da ovulação e acompanhamento ultrassonográfico seguido de relação sexual programada. Também pode ser realizado sem uso de medicamentos em alguns casos.
Normalmente o estímulo ovariano é leve e faz a paciente produzir poucos folículos maduros e posteriormente ovular.
Pacientes com a sindrome dos ovários polícisticos e alguns casos de infertilidade sem causa aparente são candidatos ao coito programado.
A taxa de sucesso é mais baixa- cerca de 15 a 18% por tentativa; Porém os custos também são menores e o processo é mais fisiologico e natural.
Indicações do coito programado
- Pacientes jovens, preferencialmente menores que 37 anos.
- Pacientes que não apresentem entupimento das trompas
- Causa única de infertilidade sendo fator ovulatório ou insuficiência lútea
- Esterilidade sem causa aparente (ESCA)
- Ausência de patologias ginecológicas e endócrinas prévias (endometriose, DIP, cirurgias pélvicas anteriores)
- Ausência de fator masculino (qualidade do sêmen deve ser adequada)
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O tratamento começa no segundo ou terceiro dia do ciclo menstrual. Nesse dia, é realizado US para avaliar o útero e os ovários e em seguida é iniciada medicação de escolha.
A paciente retorna então para uma segunda avaliação de acordo com a orientação do médico cerca de 7 dias depois. O acompanhamento da resposta aos medicamentos se faz por US (e eventualmente com dosagens hormonais).
Quando os folículos e o endométrio atingirem tamanho esperado, o casal deverá iniciar relações sexuais diárias ou em dias alternados. Também há possibilidade de se induzir a ovulação com injeção de HCG. A realização do teste de gravidez será em 14 dias após ovulação.
O coito programado permite acompanhamento da ovulação e das condições endometriais, entretanto, é um método de baixa complexidade. O processo de fertilização e implantação, portanto depende totalmente do organismo da paciente. Pacientes que não ovulam (anovulatórias) apresentam taxas de ovulação de até 80%.
Recomenda-se que sejam realizadas no máximo 3 a 4 tentativas de coito programado e em caso de falha seja discutida com o casal a necessidade de realização de tratamento de alta complexidade.