Um casal é definido como infértil quando não consegue uma gravidez após um ano de relações sexuais desprotegidas. Os casais que se enquadram nesse critério devem recorrer a um médico especialista para realizar investigação detalhada sobre o problema a fim de confirmar o diagnóstico, identificar eventuais causas e ter acesso ao tratamento mais adequado.
Hoje as técnicas de Reprodução Assistida encontram-se avançadas e percebemos que a informação é o primeiro passo para o casal enfrentar o problema. Quanto mais cedo for realizada a investigação, maiores são as probabilidades de sucesso futuro.
Estatisticamente, conforme estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS), entre 50 e 80 milhões de pessoas em todo o mundo são inférteis, sendo oito milhões no Brasil.
As causas da infertilidade são diversas e podem ser em sua origem femininas, masculinas ou mistas, devidas à associação de problemas do casal.
Atualmente, a idade da mulher é um dos principais fatores associados à dificuldade de engravidar, uma vez que o avançar da idade (principalmente após os 35 anos) faz com que a quantidade e qualidade dos óvulos diminuam progressivamente, resultando em menores chances de gravidez e aumentando os riscos de aborto e doenças genéticas. Outros problemas comuns são: endometriose, infecção pélvica prévia, menstruações irregulares, síndrome dos ovários policísticos, entre outros.
No caso dos homens temos: baixa contagem de espermatozoides, inflamações nos testículos, torção testicular, quimioterapia, radioterapia, pós-operatório de cirurgia inguinal, varicocele e doenças sexualmente transmissíveis.
A Reprodução Assistida também tem possibilitado a realização da maternidade/paternidade para casais homoafetivos. No Brasil, desde 2013, o direito de recorrer à Reprodução Humana para ter filhos está garantido. As mulheres têm possibilidade de recorrer à inseminação artificial, com sêmen de doador ou à fertilização in vitro. Neste último caso, uma das mulheres tem seus óvulos fecundados com espermatozoides de doador, dando sequência à gravidez em seu útero, ou no útero de sua parceira, permitindo assim que ambas tenham participação no processo.
Os casais masculinos, podem recorrer à fertilização in vitro, desde que encontrem uma mulher na família para ceder o útero e levar adiante a gestação, com o óvulo obtido de uma doadora anônima, respeitando-se a legislação vigente (“doadoras temporárias do útero devem pertencer à família de um dos parceiros num parentesco consanguíneo até o quarto grau. O casal decide entre si quem fornecerá o sêmen para a realização do processo.
Vale lembrar para aqueles que têm a pretensão de postergar a maternidade ou paternidade, podem preventivamente, congelar óvulos e espermatozoides e aqueles que vão passar por tratamentos oncológicos (radioterapia e/ou quimioterapia) devem congelar espermatozoides e óvulos para preservar a fertilidade.
Durante qualquer processo de Reprodução Assistida é importante também que os parceiros recebam suporte psicológico com profissional especializado.
O resgate da esperança de formar ou aumentar uma família é um dos grandes benefícios proporcionados pela Reprodução Assistida. A concretização do sonho é o objetivo maior.
Consulte hoje mesmo um médico especialista.